Ao participar do VI Seminário sobre eletrônico, educação e comunicação – construindo novas trilhas, em Salvador (maio de 2010 - http://realidadesintetica.com/seminario/) uma coisa me chamou bastante atenção. Foi a discussão em relação a necessidade de resgatar o elemento do lúdico no processo de ensino-aprendizagem. Isto significa dizer que um dos tons do seminário foi pensar e empreender ações que possibilitem construir uma escola, uma educação, onde o prazer, o jogo e o divertido sejam inerentes ao processo de aprender. Assim, por exemplo, o currículo poderia ser pensado não só do ponto de vista do design instrucional, ou seja, a melhor maneira de dividir e abordar os conteúdos. O currículo poderia (e deveria) ser pensando nos mesmos termos que um jogo é planejado, é construído. Um jogo, portanto, quando construído, é levando muito em conta a sua capacidade de entreter, de divertir... Por que não pensar um currículo com essas mesmas características, afinal? Sendo assim, poderíamos pensar também em uma nova forma de fazer educação e outra maneira de formar os nossos profissionais da educação. Seriam eles também preparados para pensar e fazer do design curricular algo divertido e prazeroso. Acho que a história dos games, nesses termos, tem, por exemplo, muito que contribuir para educação e para superação de algumas dificuldades encontradas pelas escolas (e também no ensino superior) – ensino descontextualizado, desinteressante, obsoleto, não atrativo. Em tempo: isto não significaria abrir mão dos conteúdos.
Salvador, maio de 2010.
Este blog visa compartilhar as produções acadêmicas, sobretudo dos estudantes em suas itinerâncias formativas e na elaboração dos seus produtos. Pretende ainda ser um espaço de troca e partilha de reflexões sobre a experiência de ser professor nas diversas dimensões (pessoal, institucional, técnica e gestão). Muitas dessas reflexões decorrem de situações diretamente vivenciadas, principalmente no âmbito da docência na Universidade Federal do Vale do São Francisco.
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