sábado, 12 de junho de 2021

Políticas públicas e alfabetização no Brasil: em que situação estamos?

                                                                     

(MissHibiscus/iStock. Disponível em: <https://super.abril.com.br/blog/literal/aprender-a-ler-depois-de-adulto-altera-o-cerebro-drasticamente/>)

                                                                

                                                                                                                                                    Sabrina Matias de Castro

Graduanda em Psicologia

Universidade Federal do Vale do São Francisco

sabrinamatias18@gmail.com

 

 

         Segundo a pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentada por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação em 2019, o Brasil tem uma taxa de 6,6% de analfabetos. Esse número equivale a 11 milhões de brasileiros que têm idade a partir dos 15 anos e não conseguem nem escrever um simples recado. Esses dados são preocupantes e refletem o cenário delicado da educação no país. Apesar disso, há ainda uma esperança, já que os números sofreram quedas ao longo do tempo. 

 

      Sabe-se que a alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e sua utilização como código de comunicação, bem como a apropriação desse sistema e compreensão, ou seja, domínio da leitura e escrita. Para que esse processo ocorra de maneira efetiva é necessária uma parceria entre o ambiente escolar e a família. Com esse objetivo, surge a Política Nacional de Alfabetização (PNA), apresentada pelo Ministério da Educação. Essa política traz propostas como “Tempo de aprender” (programa sobre alfabetização destinado principalmente às crianças da pré-escola e do 1º e 2º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas) e “Conta pra mim” (práticas e orientações para pais e cuidadores para incorporação da literacia familiar), objetivando ampliar a qualidade dos processos de alfabetização e os seus resultados no cenário brasileiro.

 

    Como citado anteriormente sobre as políticas públicas na questão da alfabetização, atualmente, no Brasil, é possível encontrar diversos desafios, tais como o método de ensino e a falta de incentivo familiar. Isso porque muitas vezes a escola utiliza meios que não são tão eficazes para os alunos, dificultando ainda mais o entendimento. Um exemplo de caminho para melhorar esse cenário é a utilização de meios lúdicos na hora da explicação, isto é, mostrar ao estudante determinado assunto colocando-o dentro do cotidiano dele, seja através de exemplos práticos ou até mesmo por meio de brincadeiras educacionais. Além disso, existe ainda a dificuldade de engajamento das famílias nesse processo por motivos que variam desde a ideia de que a responsabilidade é toda da escola, até o fato de que a família não dispõe de informações ou meios para ajudar nesse processo, seja por falta de tempo, ou por dificuldades encontradas no seu próprio processo de alfabetização.

 

Este texto é produto do processo vivido no âmbito da disciplina Educação e Políticas Públicas Inclusivas, do curso de Psicologia, da Univasf, tendo como prof. Marcelo Silva de Souza Ribeiro.

 

 

Para saber mais

https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/educacao/17270-pnad-continua.html?edicao=28203&t=resultados

 

http://alfabetizacao.mec.gov.br/#ancora

 

 

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