quinta-feira, 15 de setembro de 2022

A Psicologia no processo de compreensão sobre comunicações violentas nas escolas




 Lucas Sousa Matos Soares. Graduando em Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco


Consequências de umas comunicação violenta

A maneira como nos dirigimos aos outros que estão ao nosso redor diz muito sobre como as relações poderão tomar prosseguimento ao decorrer do tempo. Ao tratarmos os outros bem, existe uma tendência que o outro dirija a nós de forma recíproca. Contudo, quando essa comunicação está caracterizada por detalhes violentos, a possibilidade daquela relação causar um mau estar aumenta.

Dentro do ambiente escolar, essas questões se mostram de forma bastante expressiva, sendo clara a presença de situações, nas quais, as comunicações violentas viram pauta. O desrespeito por características pessoais, o xingamento proferido continuadamente, o empurrão dado pelo simples fato de estarem na frente, todos esses são exemplos de como a comunicação violenta pode se expressar em uma rotina escolar.

Contribuições da Psicologia

Para a Psicologia, é ciente que o comportamento é aprendido conforme o ser se desenvolve entorno de seu ambiente. E assim como o comportamento é aprendido, ele pode ser modificado. Não é sólido e imutável, pode ser modelado de acordo com os objetivos seguintes. Por conta disso, quando se trata de comunicação violenta, a Psicologia pode ajudar a compreender algumas questões voltadas a solução dos problemas de comunicação e auxiliar sobre como aprender mais desse tema.

Uma das técnicas que pode ser utilizada para lidar com a comunicação violenta é a “técnica do sanduíche”. Ela consiste em uma estratégia para resolução de problemas de uma forma assertiva. Dessa maneira, situações de estresse podem ser resolvidas muito mais fáceis. A técnica do sanduíche está separada em três passos. O “pão” será o início da conversa, a parte na qual o indivíduo ressalta um ponto positivo do outro, sem que necessariamente essa característica esteja relacionada com a situação em si. Logo em seguida, no “recheio”, será posto em pauta o problema em questão, explicando de forma detalhada como ele afetou negativamente e qual solução poderia estar sendo tomada para aquele problema. Para fechar o sanduíche, o “último pão” retornará a ideia de elogio para quem está sendo dirigida a palavra, deixando o clima mais calmo e agradável. Pode parecer algo simples, mas é uma técnica importante para lidar de forma assertiva com situações, sendo capaz de auxiliar bastante nos conflitos internos de um ambiente escolar.

Este texto é produto do processo vivido no âmbito da disciplina Educação e Políticas Públicas, do curso de Psicologia da Univasf, tendo como professor Marcelo Silva de Souza Ribeiro em setembro de 2022.

Para saber mais:

Scavacini, K., Cacciacarro, M. F., Pereira, M. R., Pessoa, G. C., & Motoyama, E. P. (2021). Saúde Mental de Adolescentes e Jovens (K. Scavacini & J. Fontoura, Eds.). Instituto Vita Alere.

httpss://www.unicef.org/brazil/saude-mental-de-adolescentes#biblioteca

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