domingo, 2 de fevereiro de 2020

Militarização das Escolas Públicas

Italo Sena
(Graduanda de Psicologia - Univasf. 
Disciplina Educação e Políticas Públicas. 
Prof. Marcelo Ribeiro)
  
Introdução:
         É notório que a educação é algo prioritário numa sociedade, e de acordo com Paulo Freire a educação tem o potencial de transformar a sociedade. Por isso, não é por um acaso que esse tema tem estado em destaque em campanhas políticas.  Atualmente no Brasil se debate muito sobre a militarização das escolas públicas. E neste texto faremos uma breve reflexão sobre esse tema passando por alguns pontos, como por exemplo: Diversidade; Modelos; Militarização. 

Diversidade:
         Quando observamos a palma da mão notamos que embora todos os dedos estejam ligados a mesma mão, nenhum deles são iguais.  Esse pensamento apesar de ser simplório, dar conta de sintetizar que dentro de uma sociedade há uma diversidade de sujeitos que pode ou não se adaptar a um determinado modelo de educação.  Por isso a diversidade deve ser levada em consideração.
         
Modelos:
         Há diversos modelos de educação no mundo, todavia focaremos na seguinte dualidade: Modelos que dão mais autonomia aos discentes; e Modelos que são mais rigorosos na questão disciplinar. O primeiro aparece como destaque no mundo, pois o país que aparece como referência em educação é a Finlândia, e o modelo que tem predominância nessa região é baseado na liberdade e autonomia de alunos e professores. Já o segundo tem ganhado ênfase no Brasil, e o número de escolas militarizadas tem aumentado, fundamentados em dois argumentos: devidos aos registros de violências dos últimos anos, faz-se necessário uma gestão com mais rigor; e por conta dos resultados pedagógicos, porque os colégios militares no Brasil tem sido destaque em aprovações e exames.

Militarização:
É fato que colégios militares tem se destacado nos resultados pedagógicos, contudo há muitas variáveis, por isso, aumenta a dificuldade para identificar se é a gestão militarizada que favorece esse resultado ou se outras variáveis: como o grau de escolaridade dos pais, a condições financeiras, a evasão dos que não se adapta e etc, vale reforçar que muitas das vagas são destinadas a filho de militares. Logo, são muitas variáveis envolvidas, mas embora não seja consenso que seja a gestão militarizada, é notório que no Brasil esse modelo tem se destacado. 
  
Considerações finais:
         Desde o início o intuído deste texto é de defender a diversidade. No Brasil a diversas escolas, contudo o foco foi a dualidade, mas há também escolas particulares administradas por instituições religiosas e etc, entretanto  independente do modelo a minha defesa é que haja respeito a diversidade, que seja inclusiva e favoreça o objetivo maior: a educação que traga sucesso pessoal e social. E com relação ao tema não sou favorável que todas as escolas sejam militarizadas, sou contra, devido a diversidade dos alunos, mas como ex-aluno de colégio militar defendo a continuação desse modelo pelo mesmo motivo: a diversidade. Mesmo sendo civil, de família com pouca escolaridade e com as reflexões feitas a cerca do rigor disciplinar, não consigo descrever de como foi maravilhosa essa experiencia no colégio militar para mim, e acredito que muitos tem esse mesmo pensamento. 


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