domingo, 28 de março de 2010

IRONIAS DO DESTINO

Há coisas na vida que poderiam ser classificadas como “ironias do destino”. Dentre elas podemos destacar a condição do professor. No contexto universitário, por exemplo, nem sempre a atividade de ensino é devidamente valorizada. Lembro-me da época que era professor de psicologia da educação da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e dava aula em vários cursos de licenciaturas. Em alguns desses, havia uma grande identificação na formação para o bacharelado em detrimento da formação em licenciatura. Por exemplo: em um curso de história vários professores, e alunos a reboque, se identificavam muito mais como historiadores do que como professores de história. O curioso é que o curso em particular era em licenciatura! Certamente a ironia não reside apenas aí. A ironia maior é que aquilo que caracteriza mais a condição de ser professor, a ação de ensinar, o processo de “ensinagem”, é o que menos parece ser valorizado! Só para citar outros aspectos, destaco a pouca valorização do ensino nos sistemas de progressão de carreira, a falta de bolsas produtividade (como o CNPq/CAPES fazem em relação a pesquisa) e mesmo o baixo status do ensino, se comparado com as atividades de pesquisa.

Petrolina, 18/05/2009.

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