Edenise
Glaucia Alves Guedes[1]
RESUMO: O
presente trabalho visa discuti acerca da temática O Pensar Reflexivo como Tarefa Educacional, com base nos teóricos John
Dewey e Anísio Teixeira na percepção de ZUBEN (S/D). Busca-se nesse estudo
apresentar a importância da prática reflexiva docente.
Em
tempos de constantes transformações sociais, políticas e econômicas, a escola é
inevitavelmente um território que também está inserido em processos de mudanças
e acontecimentos a sua volta como metamorfose dos tempos atuais. Ansiamos
chegar a credibilidade educacional, portanto se faz necessário, enquanto
professor, proporcionar momentos de reflexão individual e coletivamente sobre a
prática docente. Para chegar a uma luz de qual caminho seguir, podemos tomar como
princípio norteador as concepções do filósofo Marcos Von Zubem (S/D) que
apresenta os teóricos John Dewey e Anísio Teixeira acerca da temática proposta
nesse texto.
Para
tanto, sigo a acompanhar a linha de entendimento sobre a prática reflexiva que encontramos
no artigo que embasa esse estudo, onde apresenta uma trajetória sobre a prática
reflexiva em escolas norte-americanas e que também influenciou educadores de
diversos países. Aqui no Brasil, John Dewey (1959) inspirou o movimento da
Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira (1971) nas décadas de 1920 e 1930. Um ponto importante a ser analisado sobre o
olhar de Dewey é a capacidade reflexiva que o professor deve desenvolver na sua
atuação docente e quais as dificuldades para essa prática. Uma reflexão voltada
para a prática docente se faz necessária, em meio ao cenário de mudanças cada
vez mais perceptíveis, no comportamento e nas atitudes do ambiente escolar. Desta
forma, analiso o pensamento inicial de Dewey (1959) e sua contribuição para a
prática pedagógica, em contra partida, apresento um breve argumento sobre a
possível prática do professor reflexivo.
Em sua
percepção filosófica, Dewey (1959) faz referência aos pensamentos de Stuart Mil
e Hegel apud Tudela, 1998 quanto as experiências
adquiridas no percurso da vida, e a não, ser essas experiências a dissolução
entre o homem e o pensar, levando assim
a capacidade racional do ser humano agir diante do conhecimento adquirido,
trazendo em destaque a necessidade de extrair dos pensamentos os melhores
resultados das ações humanas e se utilizar da experiência passada não para
reproduzi-la, mas sim para buscar uma experiência nova e mais evoluída, sendo
ela (a experiência), somente possível mediante a autonomia de pensar e de
dirigir por si só.
O
texto apresenta uma série de parâmetros e argumentos para qualificar o
pensamento reflexivo, como por exemplo: Existem
dois momentos básicos do ato de pensar reflexivo. O primeiro é um estado de
dúvida, hesitação, perplexidade, dificuldade mental, que incita o pensamento
através de um problema; essa é a origem do ato de pensar, o fator orientador de
todo mecanismo de reflexão. O segundo momento, é o ato de pesquisa, procura,
investigação; que visa resolver a dúvida e esclarecer a
perplexidade”. Embora o pensamento de
Dewey esteja bem fundamentado em uma linha lógica de razão, um comentário
apresentado pelo pensador da educação, Demerval Saviani (2006), quando infere
que diz que o professor reflexivo poderá se tornar repetitivo e não atingir
seus objetivos, estando em constante argumentação, não chegando alugar algum. Para Nóvoa (1995), o pensamento reflexivo é
determinado pelo contexto histórico do indivíduo.
Deste modo, podemos concluir que o professor reflexivo
precisa apresenta-se atento a sua prática diária de atividades pedagógicas, e
também como reflete sobre ela, para que de modo significativo possa contribuir
favoravelmente e satisfatoriamente para uma prática reflexiva atuante. Por não
ter uma formação profissional, uma ementa que contemple as competências e
habilidades do professor reflexivo, muitas vezes encontramos professores que,
embora tenha anos de vivencia em sala de aula, na sua prática reflexiva, esta
se apresenta de forma imatura, despreparado para atuar de modo pleno uma sala
de aula, repleta de novos conceitos e mudanças, levando ao desencantamento pela
docência e por último, a evasão docente. Decorrente da falta de preparo, o
professor que não demanda tempo para refletir sobre sua pratica diária e para de
em busca de solução significativas.
REFERÊNCIAS
DEWEY, John. Como Pensamos. São Paulo, Ed. Nacional,
2ª ed., 1959.
NÓVOA, A. Vidas de Professores. 2. ed., Porto
Editora: Porto, 1995. (Coleção Ciências da Educação).
SAVIANI, D. Escola e democracia: polêmica do nosso
tempo. Campinas: Autores Associados, 2006.
TEIXEIRA, Anísio. Pequena introdução à filosofia da educação.
São Paulo, Ed. Nacional, 6ª ed., 1971.
TUDELA, Jorge P. El Pragmatismo Americano: Acción
Racional y Reconstruccion del Sentido, Madrid, Editorial Cincel, 1988.
ZUBEN, M. V. De John Dewey a Anísio Teixeira: o
pensar reflexivo como tarefa educacional. Rev. Pedag, ano 1, nº 2. S/D.
[1]
Professora do Instituto Federal IF-Sertão Campus Zona Rural. Mestranda como
aluna especial da disciplina Epistemologia da Prática e o Professor Reflexivo do
Programa de Pós-graduação em Formação de Professores e Práticas
Intedsiciplinares (PPGFPPI- UPE Campus Petrolina).
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