Maria do
Socorro da Silva Ferreira
Sônia Maria dos Santos Campos Neves
O professor pesquisador teve seus avanços na Inglaterra. A partir
do contexto, iniciou-se um trabalho partindo da vida cotidiana dos estudantes como
ponto fundamental para práticas inovadoras no currículo. No Brasil ocorreu no
ano de 1960 no Rio de Janeiro já com professores da educação básica, todo este
movimento se deu pelos grandes fracassos que já acontecia em tempos anteriores.
A formação de professor ao longo dos anos vem sendo tema de muitas pesquisas e
mesmo com os estudos realizados ao longo dos anos, não houve de fato mudanças
efetivas neste campo. Todos esses movimentos que ocorreram ganharam forças no Brasil
nos meados de 1990, muitas publicações foram ocasionando artigos que discutiam
a formação dos professores, Donald Schon (1983) desenvolve a ideia de um
profissional reflexivo. Em seus artigos, ele propõe que a formação do
profissional deva levar em conta os saberes construídos na ação, pois estes,
convivem com situações singulares que os levam a criar soluções e novas
estratégias para resolvê-las.
Desta maneira, a aprendizagem do aluno está
relacionada às habilidades e competências adquiridas e desenvolvidas pelos
professores na sua formação inicial e continuada, e logo se faz necessário
questionar o quanto o processo formativo tem contribuído nas práticas
escolares, parafraseando Nóvoa (2007), a formação deve centrar nas práticas e
na análise das mesmas. Assim, a formação para a docência na educação básica
deve oferecer ferramentas e subsídios para uma reflexão da prática em sala de
aula, pois o papel do professor não se resume a apenas transmissor do
conhecimento, mas este deve ter uma atuação conjunta com o aluno sobre o objeto
de estudo, de forma que a ação de ensinar em conjunto com a de aprender
represente um clima de envolvimento com o objeto em questão.
Estas mudanças foram necessárias para dar conta das
demandas do ensino e seu novo formato no mundo pós-moderno. Schon (1992) chama
o processo de busca e criação de soluções, de “reflexão e ação. ” O Brasil então
se apropriou desses conceitos que foram surgindo e os pegou como base para suas
reformas educacionais focando na formação dos professores e suas práticas. A vivência
dos professores e a base da sua formação inicial não deram conta e em primeiro momento
a ideia que se teve foi que o professor formado como profissional reflexivo,
teria condições de resolver tudo e qualquer problema que envolva ensino
aprendizagem, isto ficou bem claro nos documentos que foram elaborados para
nortear a educação em nosso país.
O
tema professor pesquisador tem sido fundo de muitas inquietações no campo educacional,
muitos estudos foram explorados no intuito de fortalecer e melhorar a formação
do professor, mas ainda existe um grande distanciamento entre a pesquisa
realizada nos cursos universitários e as mudanças efetivas dos currículos
propostos pelas universidades.
Como se vê, um professor pesquisador e
inovador torna-se um autor de mudanças significativas da sua ação educativa e
ainda podendo cooperar para construções de novos conhecimentos no seu cenário
educacional.
Referências:
ARCE,
Alessandra. Compre o kit neoliberal para a educação
infantil e ganhe grátis os dez passos para se tornar um professor reflexivo.
Educação e sociedade, anoXXII, nº74, abril/2011.
FAGUNDES,
B. Tatiana. Revista |Brasileira de Educação v.21n,65
abr.-jun.RJ -2016.
PERCE,de
K. Marly. Professor pesquisador na Visão do acadêmico de literatura-
UNIVILLE/PUCSP -2012.
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